quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Unexpected

Não é exatamente cultural, mas foi um evento haha
18 quilates ;D

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

EVIL MACHINES - uma fantasia musical de Terry Jones e Luís Tinoco

EVIL MACHINES - uma fantasia musical de Terry Jones (sim, é o de Monty Python, o próprio)e Luís Tinoco (jovem revelação da música lusófona de orquestra)

Pronto, tem desses títulos que poupam o texto todo. ;D

Muito bom, boníssimo! Misture a materialização de uma historinha bem no estilo 'Contos de Terry Jones' com um musical composto por Luís Tinoco com alma de ópera (sem o glamour todo tradicional que envolve o conceito), misturado com cenas de peça... tudo acompanhado da Orquestra Municipal de Lisboa - ao vivo e um figurino espetacular. Ruim, né? Só vendo... Ah, é em inglês, agora tem uma, como eles dizem: 'legendagem' em tempo real, só que é láaaaaaaaaa na estratosfera, ou você olha pro palco ou lê o negócio... :p
Onde: no Teatro Municipal São Luís (Baixa Chiado) às 21h

Quanto: $5 para os menores de 30 anos, e $25!!! para os demais... 500% e nem assim equaliza o público...
Que toró danado depois! Se desse pra torcer os sapatos dava uma sopa, mas o programa (3 euros) chegou em casa intacto! haha São e salvo ;D

Alguns dos meus pedacinhos musicais preferidos:
'The Hoovers Anthem', 'Wild Cars' e, sem dúvida 'My train of thought is stuck on platform three'. :)

Robert Indiana - Love & Numbers


ROBERT INDIANA - LOVE & NUMBERS - na íntegra
(Finalmente! Há um tempão eu queria fazer o percurso andando mas o tempo não ajudava...)

Toda vez que eu penso nesse nome eu penso no Indiana Jones, em especial representado pelo Robert Redford, eu sei que não é, mas acho que pq rima com Harrison Ford. :S haha sim, às vezes eu viajo mesmo, de certo que se você sabe o endereço desse negócio e tá se dando ao trabalho de ler já sabe disso, né? hahaha

Mas pronto, eu sei que ele é um dos grandes nomes da arte contemporânea internacional, ícone do movimento da pop art americana, figura da trupe de Andy Warhol e Roy Lichtenstein. Sim, eu sei que ele revolucionou de uma forma digamos provocatória o conceito de arte pública.

Arte pública... o lisboeta Lourenço Egreja que entende disso, o cara defendeu uma tese no City College em NY sobre Naum Gabo, vanguardista da arte pública... melhor fazer um shortcut e poupar meia hora de devaneios mentais sobre o tema. Então, Egreja, colega, 'faço das suas as minhas palavras' - tradução rebuscada de 'vou copiar viu?' ;)

"Existem várias definições de arte pública, uma delas refere-se a tudo o que está na cidade para a embelezar e isto pode acontecer de duas formas, de um modo permanente ou de um modo efêmero, Lisboa prima pelo permanente"

*Eita! Eu sou uma arte pública e não sabia... tsc tsc... hahahahaha

Dessa forma o projeto inaugura um paradigma interessante para a cidade, isso porque é marcado no tempo (está aqui desde Novembro e deve ficar ainda por mais uns dias), porque se relaciona com a memória da sua presença, porque altera o espaço - porque pode ser controvérsia na relação com esse espaço... Entendamos controvérsia aqui como uma reação, qualquer que seja, por parte da comunidade. Mas gosto não se discute né, ou seria um dos pontos que mais vale a pena se discutir (Egreja vai além e diz que é o unico), sei não, o Chalice do centro de Christchurch que o diga...


Dizem que alguns autores criaram recentemente o conceito de walkscape (a partir de landscape) para se referir a essa idéia do caminhar enquanto experiência estética. Que deram nome à coisa recentemente pode até ser, mas pra mim essa idéia já existe há muito tempo... para mim o walkscape é inerente ao ser humano, em qualquer canto, é só prestar atenção...

De qualquer forma, esse tal de walkscape me fez andar (ou melhor, subir) do Rossio à rotunda do Marquês de Pombal pra ver as 14 peças dessas duas coleções de Indiana (Love e One through Zero), na praça dos Restauradores tem 3 peças de Love, brincando com as letras da palavra, bem no vuco-vuco pra ver se alguém se instiga de subir a avenida pra ver o resto né? Daí vem os números de 0 a 9 (terminando no 1), de outra coleção... que pode ser vista como uma única peça - por quem tem a paciência de andar tudo... e termina ao pé do Marquês com uma peça do primeiro grupo, que ele fez especialmente para as exposições na península Ibérica, que consideraçããão, aí vale até a pena a subida.
*Todas as peças são em aço, com aspecto de ferrugem - esta é a única pintada e em português/ espanhol. Mimo para os mediterrâneos... ;)
Custo? Monetário: zero. Meça em calorias ;)

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Filmes da Semana... "nada se cria, tudo se copia..."
O Tesouro: Livro do segredos (Alvaláxia)
De Jon Turteltaub, com Nicolas Cage, Diane Kruger, Helen Mirren, Jon Voight, Harvey Keitel, Ed Harris, Justin Bartha. Aventura / M12Data: EUA, 2007
A seqüência do filme A Lenda do Tesouro Perdido traz de volta o caçador de tesouros Benjamin Franklin Gates. Neste filme, Gates é confrontado com a hipótese do seu bisavô ser um dos implicados no assassinato do presidente norte-americano Abraham Lincoln (1861-1865). Pretty much a mesma coisa do 1...
Jogos de Poder (El Corte Inglês - estréia)
De Mike Nichols, com Tom Hanks, Julia Roberts, Phillip Seymour Hoffman, Amy Adams, Emily Blunt.Drama / M12Duração: 97mData: EUA, 2007

Tom Hanks protagoniza este drama, baseado na experiência do político Charlie Wilson no Afeganistão. Depois de sobreviver a um escândalo que quase lhe destruiu a carreira (alcoólico, mulherengo e consumidor de cocaína), este congressista texano assume um papel preponderante na maior e na mais bem sucedida operação da história da CIA: libertar o Afeganistão do domínio da ex-União Soviética. Os EUA fazendo caridade e cumprindo sua missão de sempre - dar uma de herói :P No entanto o filme inova porque não está salvando nem os prédios de Nova Iorque nem o mundo das forças alienígenas, dessa vez foram as criancinhas do Afeganistão... Mas o filme não é ruim, vale assistir :)
Amor e Outros Desastres (Alvaláxia)
De Alek Keshishian, com Brittany Murphy, Mathew Rhys, Catherine Tate, Cristina Ricci, Orlando Bloom, Santiago Cabrera, Gwynewth Paltrow.Comédia / M12Data: EUA/FRA/GB, 2006

Comédia romântica... sou suspeita, dispensa comentários ;) :D

Elas Não Me Largam (Alvaláxia)
De Mark Helfrich, com Dane Cook, Jessica Alba, Dan Fogler, Connor Price, Troy Gentile, Mackenzie Mowat.Comédia / M16Duração: 96mData: EUA, 2007
Comédia romântica... conta a história de Chuck e da sua tentativa em quebrar a maldição de amor que lhe rogaram aos dez anos, antes que a mulher dos seus sonhos caia nos braços de outro homem. Meio besteirol :/

Eu Sou a Lenda (Alvaláxia)
De Francis Lawrence, com Will Smith, Alice Braga,Thomas J. Pilutik, Salli Richardson, Paradox Pollack. Acção / M12Data: EUA, 2007

Elenco: Will Smith, o cachorro e os zumbis.
Enredo inovador: Americano salvando o mundo.
Ápice: O filme acaba quando o elenco se explode com uma granada e a mocinha encontra a ilha de Lost.
Lembra aquele filme dos macacos infectados com um vírus invadindo o mundo - não lembro o nome, muito parecido (praticamente uma releitura). A opinião permanece: Blergh.

Khoya Khoya Chand (Lost Moon) (Alvaláxia)
*o nome original primeiramente seria: Bahut Nikle Mere Armaan (Many Of My Wishes Were Fulfilled). Imagine pedir isso na bilheteira haha - eu vou com: Sala 12 por favor... ;)

O filme - de Sudhir Mishra - começa em 1954 e vai até 1965, retrata as tramas do show business, jogos de poder etc como cenário para um romance entre atriz e o escritor-diretor que vem salvá-la das mãos de um poderoso da indústria (Moulin Rouge?), tem o dramalhão e o casal romântico atuando em várias cenas musicais típico de romances de Bollywood...(conexão com o filminho algodão doce 'Noiva e Preconceito', de Gurinder Chadha...) Não achei ruim não :p Ah, o filme se passa em sua maior parte na língua original.
Vale dizer que o Alvaláxia abriu uma sala (a 12) que se chama Sala Bollywood só pra passar essas produções... o valor do bilhete é fixo e mais barato - 4 euros. Tudo bem que eu vou para o cinema sozinha direeeeeeto mas ontem bateu-se o recorde - só tinha eu na sala inteira! Sessão Exclusive. ;) haha
*In a nutshell ----> Cada vez eu creio mais no: "Nada se cria, tudo se copia..."


sábado, 5 de janeiro de 2008

Sexta - Jan 4 - 21:30h

- EuroConcert 2007-2008

Grande Concerto de Ano Novo - Strauss Festival Orchestra & Strauss Ballet Ensemble
Locus in quo: Coliseu dos Recreios

Depois de mais de um século de vida, a música característica da Viena Imperial do séc. XIX continua a encantar. Imposto sobretudo a partir da enorme audiência que, a cada ano acompanha através da televisão - o concerto televisivo da orquestra de Viena, este programa estabeleceu-se definitivamente nas grande salas das principais cidades européias.

Sem as pretensões de 'arte maior' que orientaram a criação dos proeminentes compositores que floresceram no âmbito vienense (basta citar Haydn, Schubert, Beethoven, Brahms e seus coleguinhas), a designada 'música de salão' (em questão as valsas e polcas de Strauss) acabou por se converter, com o decorrer do tempo, na autêntica 'música de concerto', como um dos grandes símbolos da atmosfera encantadora da corte de Francisco José, tanto ou mais do que a sua lendária esposa, a Imperatriz Elisabeth de Wittelbach (vulga Sissi) ;o)

Pode-se dizer que Mr. Strauss foi muito bem representado, desses concertos de prender a respiração para não 'interferir no sistema' ;o) Destaque para o carisma e toque cômico do maestro, a solista que atingia umas notas que fizeram tremer o meu lóbulo frontal (é isso mesmo) - até agora não sei se era Khodakova ou Liudmila Lazarchilk, e o carinha que interrompe o maestro no meio da polca Op.211 (Champagne) para brindar com o ilustre. Nem precisa comentar o 'Danúbio Azul', 'Contos dos Bosques de Viena' e a 'Marcha Radetzky' que foi o ápice, com a participação do público sendo regido pelo maestro, muito legal.

Escambo: $37,50 euros pelo balcão central - como me atrasei 10 minutos fui premiada com um camarote parfait! :D ...que custaria bem mais do que eu desembolsei, além de vários elogios destas jovens senhoras. Call me lucky. Avec qui: Alone. Ou melhor, seguem na foto minhas super 'ximpáticas' companheiras de camarote.




Sábado - Jan 5 - 16h

O Lago dos Cisnes - CNB (Cia. Nacional de Bailado)
Locus in quo: Teatro Camões - Pq. das Nações/Passeio de Neptuno

Absolutamente intemporal. Não é de hoje que o Lago dos Cisnes é uma das maiores obras do repertório de ballet clássico. A multiplicidade de leituras dramatúrgicas que uma obra pode ter é uma das suas grandes riquezas, ainda que muitas vezes o esforço de releitura que fazem os seus criadores escape à apreciação do público. Na verdade, em geral a tendência é preferir poder contar com uma 'versão oficial', como o Chanel nº5. E mesmo em sagas ancoradas num número considerável de condições prévias, como é o caso do agente secreto 007, é possível que fiquemos desnorteados cada vez que muda o intérprete do James Bond.
O que se passa no ballet é fundamentalmente similar: mais sossegada uma versão anunciada como "radicalmente diferente" que prometer uma cópia daquele original que julgamos conhecer, colocando qualquer detalhe nas mãos da crítica... no segundo ato a bailarina deveria seguir para a esquerda baixa quando, surpresa! segue para a direita. "Mas então... não era aqui que... não?" :P A versão em questão foi inicialmente coreografada pelo anterior diretor da CNB, Mehmet Balkan (em 2 atos)- baseada na do francês Marius Petipa - que é a tomada por canônica.

O Lago dos Cisnes foi composto por Piotr Ilyich Tchaikovsky em Paris - 1876 a pedido de um amigo próximo que na época comandava o teatro Bolshoi de Moscou (Begichev, nomeado pelo Czar Alexandre III, controlava todos os aspectos, artísticos e financeiros relacionados com as produções de ballet e ópera que aconteciam em Moscou) - na época a encomenda rendeu 800 rublos ao Tchutchucão. E as primeiras montagens foram verdadeiros fiascos de crítica, até que alguns anos após a morte de Tchaikovsky o fracasso acabou sendo esquecido. Uns 18 anos depois, numa homenagem ao compositor, houve novo interesse na peça, que voltou com tudo... Engraçado as voltas que a vida dá, uh?

Addendum: 'O Lago dos Cisnes inspira-se na antiga lenda alemã que conta a história da princesa Odette, transformada em cisne, e de como a sua paixão pelo príncipe Siegfried a resgata do feitiço de que era prisioneira.'
Quanto? 30 euros (-30% desc. Jovem) = $21
Companhia? Moi et moi même ;o)

O espetáculo vale cada cêntimo e ainda vem de prêmio uma caminhada de volta (vide foto) ao Vasco da Gama à beira do Tejo depois da compra do ingresso, esse passeio está no meu top 5. Avec qui? Eu, umas gotinhas de chuva, Laurent Voulzy, Pierre Barouh e o grande Henry Salvador, claro.

Pena que não vou estar aqui para ver a releitura em 4 atos de Raimund Hoghe na Culturgest... pois só estréia em 8 de Fevereiro... :P --------->>>