terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Robert Indiana - Love & Numbers


ROBERT INDIANA - LOVE & NUMBERS - na íntegra
(Finalmente! Há um tempão eu queria fazer o percurso andando mas o tempo não ajudava...)

Toda vez que eu penso nesse nome eu penso no Indiana Jones, em especial representado pelo Robert Redford, eu sei que não é, mas acho que pq rima com Harrison Ford. :S haha sim, às vezes eu viajo mesmo, de certo que se você sabe o endereço desse negócio e tá se dando ao trabalho de ler já sabe disso, né? hahaha

Mas pronto, eu sei que ele é um dos grandes nomes da arte contemporânea internacional, ícone do movimento da pop art americana, figura da trupe de Andy Warhol e Roy Lichtenstein. Sim, eu sei que ele revolucionou de uma forma digamos provocatória o conceito de arte pública.

Arte pública... o lisboeta Lourenço Egreja que entende disso, o cara defendeu uma tese no City College em NY sobre Naum Gabo, vanguardista da arte pública... melhor fazer um shortcut e poupar meia hora de devaneios mentais sobre o tema. Então, Egreja, colega, 'faço das suas as minhas palavras' - tradução rebuscada de 'vou copiar viu?' ;)

"Existem várias definições de arte pública, uma delas refere-se a tudo o que está na cidade para a embelezar e isto pode acontecer de duas formas, de um modo permanente ou de um modo efêmero, Lisboa prima pelo permanente"

*Eita! Eu sou uma arte pública e não sabia... tsc tsc... hahahahaha

Dessa forma o projeto inaugura um paradigma interessante para a cidade, isso porque é marcado no tempo (está aqui desde Novembro e deve ficar ainda por mais uns dias), porque se relaciona com a memória da sua presença, porque altera o espaço - porque pode ser controvérsia na relação com esse espaço... Entendamos controvérsia aqui como uma reação, qualquer que seja, por parte da comunidade. Mas gosto não se discute né, ou seria um dos pontos que mais vale a pena se discutir (Egreja vai além e diz que é o unico), sei não, o Chalice do centro de Christchurch que o diga...


Dizem que alguns autores criaram recentemente o conceito de walkscape (a partir de landscape) para se referir a essa idéia do caminhar enquanto experiência estética. Que deram nome à coisa recentemente pode até ser, mas pra mim essa idéia já existe há muito tempo... para mim o walkscape é inerente ao ser humano, em qualquer canto, é só prestar atenção...

De qualquer forma, esse tal de walkscape me fez andar (ou melhor, subir) do Rossio à rotunda do Marquês de Pombal pra ver as 14 peças dessas duas coleções de Indiana (Love e One through Zero), na praça dos Restauradores tem 3 peças de Love, brincando com as letras da palavra, bem no vuco-vuco pra ver se alguém se instiga de subir a avenida pra ver o resto né? Daí vem os números de 0 a 9 (terminando no 1), de outra coleção... que pode ser vista como uma única peça - por quem tem a paciência de andar tudo... e termina ao pé do Marquês com uma peça do primeiro grupo, que ele fez especialmente para as exposições na península Ibérica, que consideraçããão, aí vale até a pena a subida.
*Todas as peças são em aço, com aspecto de ferrugem - esta é a única pintada e em português/ espanhol. Mimo para os mediterrâneos... ;)
Custo? Monetário: zero. Meça em calorias ;)